Em 1934 a Citroën lançou o carro que lançou o carro que iniciou a fórmula que define a maioria dos carros atuais. O Traction Avant foi o primeiro veículo de produção seriada que uniu a tração dianteira a estrutura do tipo monobloco.
O resultado disso na época foi um carro bem mais leve e baixo que o padrão vigente. Em parte devido ao monobloco, que não exigia que a carroceria ficasse sobre um chassi, e também pela tração dianteira, que remove o eixo cardã.
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Além disso, o Traction Avant trazia outras modernidades (para os anos 30), como os freios hidráulicos, suspensão independente na dianteira e direção por pinhão e cremalheira.
Uma primazia do Traction Avant que é padrão hoje foi a carroceria hatchback. Foi na versão Commerciale, que tinha foco no trabalho, mas essa solução agradou também às famílias.
Um grande destaque do modelo era a sua estabilidade. Isso até criou um mito de que a Citroën daria um carro novo para o cliente que conseguisse capotar seu Traction Avant. Quem tentou — e conseguiu — fazer essa façanha, deu com os burros n’água.
Na época, um desenho mais baixo era desejável e o Citroën Traction Avant trouxe isso para as massas. O carro foi um sucesso, não apenas na França como em outros países — incluindo o Brasil.
Quem teve um Traction Avant foi o Boris Feldman. Seu primeiro carro foi um 11 Légère, a versão mais curta do Citroën. Nosso publisher comprou o carro usado nos anos 50.
Essa versão Légère, que significa “leve”, trazia a carroceria menor do 7CV com o motor 1.9 mais potente. O peso realmente era leve, cerca de 1.100 kg.
Existiu também uma versão mais luxuosa com motor de seis cilindros, a 15/6. Em 1954 essa versão recebeu suspensão traseira hidropneumática, a mesma que viria a equipar o revolucionário DS no ano seguinte.
Hoje, a fórmula criada pelo Traction Avant em 1934 segue popular. A tração dianteira predomina, o monobloco só não é padrão em picapes e SUVs grandes e abertura de porta-malas hatchback é usado por praticamente tudo que não for um sedã ou um cupê. Só a carroceria mais baixa que ficou no passado.
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