Descubra a história da Santana Quantum, uma station wagon de porte médio que deixou sua marca nas estradas brasileiras durante quase duas décadas. Fabricada pela Volkswagen no Brasil de 1985 a 2003, essa perua versátil e econômica conquistou o coração de muitas famílias.
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Modelos na história da Santana Quantum
Após três anos de seu lançamento, as versões da Quantum Santana incluíam os modelos C, CL, GL e GLS, com opções de 2 ou 4 portas. A estratégia inicial de vendas evitava a cor branca para evitar associações com veículos de serviço. No entanto, a partir de 1989, o branco foi incluído na cartela de cores para todas as versões.
Versão C
A versão C era a mais simples da linha Quantum. Desprovida de opcionais, vinha equipada apenas com câmbio de quatro marchas e motor a álcool. Essa escolha não foi acidental. Na verdade, foi uma alternativa engenhosa para contornar o congelamento de preços imposto pelo Plano Sarney, que proibia reajustes nos valores dos veículos.
O surgimento do motor 2000
Em 1989, a Santana Quantum ganhou a opção de motor 2.0, batizado como 2000. Oferecido como opcional na versão CL, o motor AP 2000 entregava 18 cv a mais de potência e 2,1 kgfm adicionais de torque na versão a álcool. Com impressionantes 112 cv de potência e 17,5 kgfm de torque, a Quantum conseguia atingir uma velocidade máxima de 187 km/h.
Versões GL e GLS
As versões intermediária GL e topo de linha GLS compartilhavam as mesmas opções de acabamento com motor 2.0. Quem escolhesse o modelo CL e desejasse o motor 2.0, precisava fazer a encomenda.
Modelo Sport
Baseada na versão GL, a série Sport adicionava um toque esportivo à Quantum. Rodas com acabamento diferenciado, grade, lanternas, retrovisores e para-brisas com degradê eram os diferenciais dessa série. As cores disponíveis eram branca, preta e vermelha, permitindo que os motoristas expressassem seu estilo de forma personalizada.
Em 1990, a Santana Quantum recebeu uma edição especial exclusiva para aquele ano: o modelo Sport. Baseado na versão GL, esse veículo esportivo trazia uma decoração marcante e detalhes que o tornavam único, como frisos vermelhos nos para-choques, retrovisores na cor do carro, ponteira de escapamento oval, lanternas traseiras na cor fumê e a logo VW no centro do porta-malas.
Reestilização nos anos 90
Em 1992, a Volkswagen promoveu uma significativa atualização no design da Quantum. O destaque dessa transformação foi o aumento do porta-malas, que passou de 394 litros para 470 litros, oferecendo mais espaço para acomodar bagagens.
Mesmo assim, o carro deixava a desejar no quesito acabamento: o porta-malas era composto de material plástico de baixa qualidade; já o painel do carro, conhecido como tabelier, apresentava problemas como rachaduras e desbotamento.
O modelo quadrado da Quantum ficou disponível no mercado até o início de 1992. Em março do mesmo ano, a Volkswagen lançou uma nova versão, já equipada com injeção eletrônica e freios ABS.
A preferência dos consumidores pelas peruas começou a declinar no fim dos anos 90. Em 98, a Volkswagen fez alterações nos para-choques e faróis e removeu os quebra-ventos, numa tentativa de manter o modelo competitivo frente a novos concorrentes. No entanto, esses esforços foram em vão, e a Quantum foi descontinuado em 2002, após uma década.
Concorrentes da Santana Quantum
Na história da Santana Quantum a concorrência sempre foi acirrada: enquanto a Ford oferecia a Royale – uma versão de duas portas da própria Quantum na era Autolatina – a GM apresentou a Suprema e a Fiat importou a Tempra SW. Ainda assim, a Quantum reinava soberana entre as peruas de grande porte.