Dia do Fusca: modelo iniciou as operações da Volks no Brasil


Por Assessoria de Imprensa

Neste sábado, 20, é comemorado o Dia Nacional do Fusca em território brasileiro. Vale destacar que o modelo, criado por Ferdinand Porsche, iniciou sua história como Volkswagen Sedan.

O carro, com o motor de 1.200 cm³, começou oficialmente as operações da VW no país, em 1953, montado em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

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Fusca – Foto: Divulgação/Volkswagen

A partir de 1959, ele começou a ser fabricado de fato por aqui, na unidade de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), até 1986.

Linha de Montagem do Fusca, na Fábrica Anchieta – Foto: Divulgação

O modelo que saía da linha de produção da planta de Anchieta em 1959 já era diferente do CKD, montado no Ipiranga desde 1953. Uma das novidades foi a introdução de uma barra estabilizadora para o eixo dianteiro. Na ocasião, o Fusca tinha um índice de nacionalização de 54%.

Ele vendeu 8.406 unidades em seu primeiro ano de produção, e a partir de 1962 já era o líder do mercado, com um total de 31.014 unidades. O “besouro” foi o campeão de vendas por 23 anos.

Motorização

O Fusca foi sempre equipado com diferentes versões do motor quatro-cilindros refrigerado a ar, com o câmbio sempre manual de quatro marchas e tração traseira. Primeiro, o motor passou de 1.200 cm³ para 1.300 cm³, a partir de 1967, com 45 cv.

Em seguida, ganhou a versão de 1.500 cm³, introduzida em 1970, com 52 cv. A potência veio associada à bitola traseira 62 mm maior, o que alterou o porte do modelo e lhe rendeu o apelido de “Fuscão”.

A opção de 1.600 cm³ viria em 1974, com dupla carburação, que rendia 65 cv. Essa mudança veio acompanhada de aumento também na bitola dianteira, além de para-brisa maior, sistema de ventilação interna e pisca-alerta.

Fuscas no acervo Garagem VW parte II – Foto: Divulgação

Atualizações

Ao longo dos anos foram introduzidas otimizações, como a coluna de direção bipartida, duplo circuito de freios independentes e comando do limpador de para-brisa na coluna de direção (1977), volante de polipropileno texturizado e as lanternas traseiras grandes e arredondadas apelidadas de “Fafá”(1979), aquecimento interno e ignição eletrônica (1983), entre outras.

O modelo teve também várias reestilizações e séries especiais, como a Prata, de 1979.

O nome Fusca foi adotado no Brasil apenas em 1983, em substituição ao Volkswagen Sedan. Em 1984, o modelo ganhou freios a disco na dianteira e passou a ser produzido apenas na versão 1.600 – no ano seguinte receberia versão 1.600 movida a etanol. Sua produção foi retomada em 1993 e durou até 1996 no Brasil.

Mais de 3,1 milhões de unidades do carismático modelo foram comercializadas no Brasil. Hoje estima-se que 1,7 milhão de unidades do Fusca ainda circulem no País.

Conheça abaixo os modelos de Fusca do acervo Garagem VW, presente na planta de Anchieta:

Fusca 1986

O Fusca 1986 presente no acervo (foto de destaque), equipado com motor 1.600 cm³ a álcool, saiu diretamente da linha de produção. Ele está entre os últimos fabricados na “primeira fase” do modelo, que foi de 1959 a 1986.

Fusca 1993, o Fusca Itamar

Fora de linha desde o fim de 1986, o Fusca voltaria a ser fabricado em 1993. O retorno veio de um pedido do então Presidente da República, Itamar Franco, que via na retomada da produção um caminho para a geração de empregos e um estímulo econômico. Por isso, houve um programa de isenção tributária especialmente moldado à motorização refrigerada a ar de Fusca e Kombi.

O exemplar, que faz parte do acervo tem chassi número 9BWZZZ11ZPP00001, é o primeiro exemplar produzido na segunda fase de manufatura e o mesmo veículo apresentado a Itamar Franco na celebração do retorno da produção.

Fusca (conversível) 1996

Em 1996, três anos após ter sua produção retomada a pedido do então Presidente da República Itamar Franco, o Fusca deixaria novamente a linha de produção da Planta Anchieta.

Para a aposentadoria definitiva, a Volkswagen criou a Série Ouro: 1.368 exemplares diferenciados dos demais Fuscas “Itamar” por faróis auxiliares, lanternas escurecidas, logotipo nas laterais e a plaqueta “Fusca”, na tampa do motor, em dourado. No interior, bancos com revestimento de Pointer GTI, volante de Gol, painel com fundo branco e vidros verdes.

Encerrada a produção do Série Ouro, outros três exemplares foram convertidos em conversíveis pela Sulam (transformadora de veículos fundada em 1973). O último desses, chassi número 9BWZZZ113TP006623, pertence ao acervo histórico da Volkswagen do Brasil.

Pintado na cor branca, com capota preta, o Fusca conversível do acervo traz o 1600 cm³ a gasolina, com motor injetado para o mercado mexicano.

 

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