Monza Clodovil: um clássico cult
Mais do que um carro: Monza Clodovil é lembrado como um ícone da moda
Em 1982, a Chevrolet lançou uma das séries especiais mais estilosas do país: o Monza Clodovil. A parceria inusitada surgiu da parceria entre o estilista brasileiro Clodovil Hernandes e a General Motors.
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Elegância sob Medida
Baseado na versão SL/E, já conhecida por seu acabamento superior e recursos adicionais, o Monza Clodovil ostentava um design diferenciado e elegante. O interior era um espetáculo à parte, com bancos de couro preto adornados pelas iniciais “CH” em baixo relevo, volante revestido em couro com a assinatura do estilista e forros das portas em veludo cotelê. No exterior, o emblema “Clodovil” na coluna traseira e as rodas de liga leve de 13 polegadas conferiam um toque de requinte e exclusividade ao modelo.
Motor robusto
Sob o capô, o Monza Clodovil trazia um motor “Família II” de 1,6 litros, carburador de corpo simples e 73 cv de potência a 5.600 rpm, capaz de gerar um torque de 12,3 mkgf a 3.000 rpm. Acompanhado por uma caixa manual de quatro marchas, o modelo prometia uma dirigibilidade robusta e fluída, com potencial para alcançar 150 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 15 segundos.
Um clássico atemporal
Apesar das vendas limitadas na época, o Monza Clodovil se tornou um clássico cult e cobiçado por colecionadores. Hoje, os modelos remanescentes são considerados verdadeiras relíquias, alcançando altos valores em leilões. Essa aura de exclusividade se deve à sua produção limitada, ao design diferenciado e à homenagem a um dos maiores estilistas do Brasil.
Símbolo de estilo
Símbolo de bom gosto, o Monza Clodovil fez aparições em novelas da época, como “Amor com Amor se Paga” (1983), e era visto sendo dirigido por celebridades como a atriz Maria Claudia e o técnico da seleção brasileira de futebol, Telê Santana.
Detalhes adicionais
- A série especial do Monza Clodovil era oferecida em seis cores vibrantes: Ouro, Marrom Café, Azul Noturno, Vermelho Sangue, Azul Esverdeado e Branco Perolizado.
- Além dos luxuosos bancos de couro com as iniciais “CH”, o modelo ostentava o nome do estilista impresso no vidro traseiro, um chaveiro em ouro 24 quilates e um exclusivo jogo de malas de couro feitas sob medida.
Infelizmente, o Monza Clodovil não fez o sucesso estimado. Calcula-se que apenas 12 modelos tenham sido vendidos e especula-se que o motivo por trás disso seja a associação do carro com feminilidade. Embora a produção do Monza Clodovil tenha sido encerrada há muitos anos, ele ainda é lembrado pela criatividade e ousadia.