Recentemente, uma Ferrari 250 GTO de 1962 foi leiloada por US$ 51.705.000 em Nova York (EUA), pela RM Sotheby’s. Trata-se do segundo carro clássico mais caro já leiloado, segundo a empresa. Apesar disso, ele ficou abaixo dos US$ 60 milhões (R$ 300 milhões) estimados pela própria casa.
O modelo só perde para um Mercedes-Benz 300 SLR Uhlenhaut Coupé, vendido em 2022 por US$ 143 milhões (ou R$ 700 milhões). Mas, afinal, qual o motivo de esses carrões clássicos chegarem a esses valores? No caso da Ferrari, é possível falar em raridade, tempo e história (para começar).
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Raridade porque foram construídos apenas 34 unidades desse GTO de 1962. Além disso, ela passou por modificações, como a inserção de um 4.0 V12 de 390 cv de potência, em vez do 3.0 V12 de 300 cv. O câmbio passou de quatro para cinco marchas.
A Ferrari conquistou o segundo lugar geral em uma corrida de resistência de 1.000 Km no circuito de Nürburgring e participou das 24 Horas de Le Mans.
Em 1964, o veículo foi adquirido por US$ 6 mil. Depois, em 1985, um colecionador o comprou por U$ 500 mil – se contar apenas o último valor ante ao leiloado atualmente, houve a valorização de 10.241%.
Segundo Alex Fabiano (GG), dono da loja GG World Classic Cars, especializada no tema, os carros clássicos de corrida estão em ascensão neste mercado.
“Os multimilionários hoje compram para investir e para andar. Além de ser uma nostalgia para eles e andar na pista.”
Para GG, o fato de o modelo ter corrido na Le Mans o valoriza mais ainda.
“A 24 horas de Le Mans é a corrida mais importante de turismo do mundo. Inclusive, para o europeu, muitas vezes vale mais a Le Mans do que a própria Fórmula 1.”
Mercado brasileiro
Diferentemente do mercado americano, por aqui, GG diz que o que vai para leilão são os piores carros.
“O leilão de carros no Brasil é utilizado para vender mercadoria ruim. Nem seguro faz e se consegue os piores valores. A mentalidade no Brasil em relação a leilão ainda está engatinhando.”
A ideia no mercado brasileiro para leilão ainda é “comprar barato e não comprar exclusividade”, completa.
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