Motos que mudaram o mundo: BMW K1


Por Assessoria de Imprensa

Pela inovação, desempenho ou proposta, algumas motos mudaram o universo do motociclismo. Foi o caso da XT 500, máquina japonesa criada para dominar o off-road internacional, e também da R 80 GS, a primeira grande aventureira do planeta – que surgiu muito antes do termo ‘big trail’. E, ainda , da BMW K 1. Conheça a história do modelo exótico e famoso por levar o ABS às motos.

BMW K1  

Não parece, mas a exótica tourer BMW K1 nasceu baseada em um chassi da bela K100 padrão. Esse design diferente é fruto do tempo em que os engenheiros estavam comprometidos com o limite de 100 cv para as motocicletas vendidas na Alemanha.

Inovadora, a BMW K1 foi a primeira moto do mundo a adotar freios ABS. Também tinha injeção eletrônica e uma polêmica carenagem

Então, na busca de um modelo mais veloz, a única solução foi recorrer à aerodinâmica. Desta forma, a BMW K1 ganhou um para-lama dianteiro grande e envolvente de duas peças, acoplado a uma carenagem principal de nada menos que sete peças!

Era tanta carenagem que haviam até dois práticos pequenos cestos na traseira, tampas feitas pela Zanussi Componenti Plastica. O resultado visual é questionável, porém, o coeficiente de arrasto resultante de todo o desenho era de 0,34 – com o piloto deitado. Ou seja, o mais baixo nível de arrasto já visto em uma moto de produção em 1988!

ABS e motor com 16 válvulas foram apenas dois dos recursos que a K1 trouxe e outros fabricantes levaram quase uma década para implementar em suas máquinas

Inovações: ABS, Injeção eletrônica e mais

O motor da K100 foi a base para a nova BMW K1, que tinha um novíssimo sistema de injeção de combustível mais moderno, freios antibloqueio, cabeçote de 16 válvulas. Assim, o modelo entregava 100 cv a 8.000 rpm e 10 kgf.m a 6.750 rpm.

Suficiente para um top speed de 239,3 km/h. Além disso, o conjunto tinha garfos Marzocchi, roda dianteira de 17”, traseira de 18”, e revolucionário eixo de transmissão Paralever, como a GS. Destaque aos freios, com pinças da Brembo e sistema antibloqueio. Foi a primeira moto a adotar o ABS.

O design e a fabricação dos painéis nunca mudou na produção, mas os esquemas de cores foram atenuados. O vermelho “ketchup” e o azul metálico e amarelo deu lugar para um preto metálico discreto

Entretanto, quando a K1 foi lançada ela era rápida, mas não a mais rápida. A adição da carroceria aerodinâmica e a atualização de componentes influenciam muito no peso da moto. Assim, o modelo tinha 234 kg e entre eixos generoso, de 1,56 m.

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Carenagem famosa, mas problemática

Parece que tudo a respeito da BMW K1 gira em torno de sua carenagem, seja pelo aspecto visual ou pela sua performance. E como a marca sabia que o peso da engenhoca era um problema, os painéis eram finos e sujeitos a fissuras, apesar de bem concebidos.

K1 foi uma moto quase experimental, onde a BMW trouxe ao mercado uma série de inovações, entretanto, não foi exatamente um sucesso de vendas. Nos EUA, por exemplo, emplacou menos de 7 mil unidades

Além disso, nos primeiros testes de estrada a carenagem mantinha um excesso de calor quando rodando abaixo de 80 km/h. Mas, eventualmente, a BMW ofereceu uma manta térmica para ser fixada sob a carenagem. Não resolvia o problema, mas diminuía o impacto.

 

Fim da história

A lendária BMW K1 ficou em produção até 1993. Nesta época, o mercado foi invadido por uma nova leva de motos carenadas, que enfim podiam estabelecer um novo padrão de desempenho ao ultrapassar a barreira dos 100 cv. Entre elas, Kawasaki ZZR1100, Honda Blackbird e Suzuki Hayabusa.

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